Informação sobre bronquite, causas, sintomas e tratamento da bronquite, com diagnóstico de bronquite aguda e crônica. Detalhe sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias, incluindo formas de prevenção.


Tratamento da bronquite

Não se torna necessário utilizar antibióticos para tratamento da bronquite aguda causada por um vírus.
A infecção costuma desaparecer sem medicação depois de 1 semana. 
Algums conselhos que deve seguir, para aliviar a sua bronquite:
  • Não fumar
  • Beber bastantes líquidos
  • Repousar
  • Tomar aspirina ou acetaminofeno (Tylenol) em caso de febre. Nunca dê aspirina a crianças
  • Use um umidificador ou vaporizador no banheiro
Se os sintomas não desaparecerem, consulte seu médico e ele pode receitar um inalador para abrir as vias respiratórias. Antibióticos serão receitados apenas se houver suspeita de uma infecção bacteriana secundária.
Na maioria dos casos, os antibióticos não são necessários nem recomendados. 

Para qualquer tipo de bronquite, o mais importante é PARAR de fumar.
Se a bronquite for diagnosticada precocemente, é possível evitar danos dos pulmões.

Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

O melhor tratamento para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é a prevenção. E prevenção significa não fumar.
Quando a pessoa já tem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, parar de fumar não vai curar a doença. A tosse associada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (bronquite crônica) irá melhorar dentro de poucas semanas após a interrupção do tabagismo e, geralmente, terá desaparecido por completo dentro de três meses. A pessoa continuará a ter uma obstrução do fluxo respiratório ocasionada pelo inchaço das passagens aéreas ou brônquios. Um médico poderá receitar medicamentos para dilatação dos brônquios, conhecidos como broncodilatadores.
A questão importante de se lembrar é que os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica que continuarem a fumar continuarão a deteriorar rapidamente. Parar de fumar interrompe esse processo de rápida deterioração e pode até mesmo levar a uma ligeira melhora na capacidade da pessoa de levar uma vida normal.
Além de incentivá-los a parar de fumar, muitos médicos prescrevem o seguinte aos seus pacientes diagnosticados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica:
  • Antibióticos para infecções pulmonares agudas a fim de prevenir a pneumonia;
  • Vacinações anuais contra gripe e uma vacina contra pneumonia bacteriana pneumocócica (a revacinação contra pneumonia dependerá da idade e estado de saúde da pessoa);
  • Instruções para evitar excesso de pó e de vapores;
  • Prática regular de exercício físico - O médico recomendará o tipo de exercício que for melhor para a condição física geral da pessoa a fim de melhorar a respiração.
Além de ser uma doença geralmente prevenível, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é rara entre não fumantes. Nunca é tarde demais para parar de fumar. Um paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica pode ser tratado com melhores resultados nos estágios iniciais da doença.

Diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

O médico faz o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica baseado nos seguintes critérios:
  • Alterações identificadas no exame físico;
  • Queixas referidas pelo paciente;
  • Exposição ao fumo;
  • Exames de Imagem (RX e Tomografia);
  • Testes de função pulmonar (espirometria) e
  • Exames de sangue, como a gasometria arterial (para medir a quantidade de oxigênio no sangue).

Sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Os sintomas típicos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são:
  • Tosse;
  • Produção de catarro;
  • Encurtamento da respiração;
  • Cansaço;
  • Falta de ar e
  • Maior facilidade de contrair infecções frequentes.
Os sintomas freqüentes, principalmente nos estágios iniciais, são confundidos com asma. A maioria dos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica não sabe que possui a doença.

Causas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Bronquite crônica: O tabagismo é a causa mais comum da bronquite crônica, a qual raramente ocorre entre não fumantes. A poluição ambiental e o tabagismo passivo podem contribuir para o desenvolvimento da bronquite crônica.
Enfisema: O tabagismo contribui para os processos destrutivos que acabam resultando em enfisema. Acredita-se que a enfisema, muitas vezes, seja um efeito tardio da infecção ou irritação crônica dos brônquios.
A finalidade dos pulmões é permitir que oxigênio entre no sangue quando o ar é inspirado e que o gás residual (dióxido de carbono) seja eliminado dos pulmões com a expiração. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica interfere nesse processo.
Quando a infecção ou irritação é persistente, ou retorna após um certo tempo, ocorrem a distensão e destruição das paredes dos espaços aéreos do pulmão. Os pulmões como um todo podem vir a expandir-se e tornar-se menos eficientes ao fazer a troca de oxigênio por dióxido de carbono. (É nessa expansão dos pulmões que se encontra a origem da palavra enfisema – em grego enfisema significa “inflação”.)

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Desconhecida pela população e até mesmo por médicos não especialistas, a bronquite crônica e o enfisema pulmonar constituem a chamada “Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que hoje representa um problema sério de saúde pública, com grave impacto econômico e social.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica refere-se a uma série de distúrbios pulmonares que se mostram presentes durante um longo período de tempo e causam algum bloqueio ou obstrução das vias aéreas. Em sua forma mais comum, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica consiste em uma combinação de bronquite crônica e enfisema. Os sinais de alerta mais freqüentes da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica estão listados abaixo. Se você tiver quaisquer desses sintomas, converse com o seu médico a respeito assim que puder:
  • Tosse crônica – Qualquer tosse que estiver persistindo há um mês é crônica. Esse é um importante sintoma precoce, indicativo de que há algo de errado com o sistema respiratório, não importa qual for a idade da pessoa.
  • Falta de ar – A falta de ar que persistir depois de um breve repouso, em seguida à prática normal de exercício físico, ou que sobrevier após pouco ou nenhum esforço físico, não é normal. A respiração forçada ou dificuldade de respirar – a sensação de que é difícil inalar ou expirar o ar dos pulmões – também é um sinal de alerta.
  • Produção crônica de catarro – Os pulmões produzem flegma ou catarro em excesso como uma reação de defesa contra infecções ou agentes irritantes. A produção excessiva de catarro que estiver persistindo há um mês ou mais poderá ser indicativa de um problema subjacente.
  • Chiadeira – A respiração ruidosa ou com chiado é um sinal de que algo anormal está obstruindo as vias aéreas dos pulmões ou tornando-as estreitas demais.
  • Tosse com expectoração de sangue (Hemoptise) – Se você estiver expectorando sangue ao tossir, esse sangue pode estar vindo dos pulmões ou do trato respiratório superior. Seja qual for a sua origem, o sangue está sinalizando o desenvolvimento de um problema de saúde.
  • Resfriados freqüentes – Se a pessoa tiver mais de dois resfriados por ano, ou se um resfriado persistir por mais de duas semanas, é possível que haja algum distúrbio de saúde subjacente.

Sintomas da Bronquiectasia

Os sintomas caracteriticos da bronquiectasia incluem a tosse e a podução de escarro purulentos em quantidade copiosa. Uma elevada percentagem de pacientes com doenças tem hemoptise.
O baqueteamento dos dedos também é muito comum devido á insuficiência respiratória.
O paciente geralmente apresenta repetidos episódios de infecção pulmonar.

Causas da Bronquiectasia

O processo inflamatório associado ás infecções pulmonares danifica a parede brônquica, causando a perda da sua estrutura de apoio, e resulta num escarro espesso que, por fim, obstrui os brônquios, As paredes tornam-se permanentemente distendida se distorcidas, e a limpeza mucociliar fica comprometida. A inflamação e a infecção estendem-se até os tecidos peribrônquicos; no caso de bronquiectasia cística ou sacular, cada brônquio dilatado virtualmente concorre para um abscesso, um exsudato que drena livremente através do brônquio.
A bronquiectasia é geralmente localizada, afetando um lobo ou seguimento do pulmão.
Os lobos inferiores estão mais frequentemente envolvidos.
A retenção das secreções e a subseqüente obstrução vedam ou colapsam os alvéolos distais.
A irritação inflamatória ou fibrosa substitui o tecido pulmonar funcionante. Com o tempo, o paciente desenvolve insuficiência respiratória e um aumento na razão entre o volume residual e a capacidade pulmonar total.
Existe um comprometimento da mistura do gás inspirado e hipoxemia.

Bronquiectasia

A bronquiectasia é uma dilatação, irreversível, do brônquio e dos bronquíolos, e pode ser causada por uma série de distúrbio, incluindo:
  • Infecções pulmonares e obstrução do brônquio
  • Aspiração de corpos estranhos, do vômito ou material proveniente do trato respiratório superior.
  • Pressão de tumores, vasos sanguíneos dilatados e linfonodos aumentados.
A pessoa pode ser predisposta a bronquiectasia em consequência recorrentes no início da infância, sarampo, gripe, tuberculose e distúrbios de imunodeficiência.

Bronquite plástica

Bronquite plástica (BP) é uma doença infreqüente, em que ocorre a impacção ou moldagem da árvore traqueobrônquica por cilindros mucofibrinosos, raramente constituindo doença primária. A bronquite plástica está mais associada, na faixa etária pediátrica, com doenças pulmonares inflamatórias ou com aumento de secreção, como a asma, fibrose cística e infecções pulmonares. Relatos recentes mostram, também, uma associação com pacientes com anemia falciforme (síndrome torácica aguda), cardiopatias congênitas e submetidos a procedimentos cirúrgicos cardiológicos.
Apesar de a bronquite plástica ser uma condição infrequente, sua importância maior reside no fato de poder apresentar um quadro clínico muito semelhante ao de doenças de elevada prevalência, porém com necessidade de um diagnóstico precoce e específico para obter a resolução clínica.

Sintomas da bronquite

Tanto na forma aguda quanto na crônica, a tosse é o principal sintoma da bronquite.
Tosse seca ou produtiva podem ser manifestações da bronquite aguda.
Na crônica, porém, a tosse é sempre produtiva e a expectoração, espessa.
Falta de ar e chiado são outros sintomas da doença.

Causas da bronquite

A bronquite infecciosa manifesta-se com maior frequência durante o Inverno.
Pode ser causada por vírus, bactéria e, especialmente, por germes semelhantes a bactérias, como Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia. Podem sofrer de ataques repetidos os fumadores e as pessoas que sofrem de doenças crônicas pulmonares ou das vias aéreas inferiores, que dificultam a eliminação de partículas aspiradas nos brônquios. As infecções recorrentes podem ser consequência de uma sinusite crônica, de bronquiectasias, de alergias e, nas crianças, de amígdalas e de adenóides inflamados. A bronquite irritativa pode ser causada por várias espécies de poeiras, vapores de ácidos fortes, amoníaco, alguns solventes orgânicos, cloro, sulfureto de hidrogênio, dióxido de enxofre e brometo, substâncias irritantes da poluição.

Bronquite aguda na infância

A bronquite aguda na infância apresenta-se com tosse intensa e prolongada sem catarro no início, mas que vai se tornando produtiva (com catarro denso como uma goma). Pode-se ter dor torácica ou desconforto junto ao osso do peito ao tossir ou respirar. A criança poderá ter ou não febre. A bronquite pode se tornar crônica, levando a uma perda de peso e estatura progressiva. É importante afastar substâncias que possam causar alergias.

Bronquite aguda

Inflamação dos brônquios, que geralmente é causada por infecções virais como rinovírus, influenza ou parainfluenza e vírus sincicial respiratório.
As causas menos frequentes são Mycoplasma pneumoniae e Bordetella pertussis (agente etiológico da coqueluche).
Na presença de sibilos deve-se suspeitar de asma (cerca de 33% dos pacientes com sintomas de bronquite tem asma).
O queadro clinico da bronquite aguda apresenta um início agudo de tosse, produção de escarro e sintomas de infecção de trato respiratório superior, menos de 10% dos pacientes apresenta febre.
A tosse geralmente é produtiva, podendo durar várias semanas.
O aspecto do escarro não é importante no diagnóstico diferencial com pneumonia.
O tratamento é sintomático. Em adultos deve-se considerar o uso de agentes supressores da tosse.
Deve-se efetuar radiografia de tórax se o paciente apresentar sinais de pneumonia.
Deve-se iniciar antibióticos apenas se houver pneumonia ou suspeita de coqueluche.
Deve-se monitorizar paciente com oxímetro se ele apresentar dispnéia ou taquipnéia e administrar broncodilatadores em pacientes com evidência de broncoespasmo.

Prevenção da Bronquite Crônica

Em razão da natureza debilitante da bronquite crônica, todo esforço é direcionado no sentido da prevenção. Uma medida essencial é evitar os irritantes respiratórios.
As pessoas que são propensas á infecção do trato respiratório devem receber a vacina contra a gripe e o S. pneumoniae. Todos os pacientes com infecção aguda do trato respiratório superior devem receber o tratamento adequado, incluindo a terapia antimicrobiana ao primeiro sinal de escarro purulento.

Causas da Bronquite Crônica

A fumaça ou outro poluente ambiental irrita as vias aéreas, resultando em hipersecreção do muco e inflamação. Em razão dessa irritação constante, as glândulas secretoras do muco e as células caliciformes aumentam em numero, a função ciliar fica reduzida e mais muco é produzido.
As paredes do brônquio tornam-se espessas, estreitando a luz do brônquio, o muco pode bloquear a passagem aérea. Os alvéolos adjacentes aos bronquíolos podem se tornar danificados e fibrosados, resultando na alteração da função dos macrófagos alveolares. Isso é significativo porque os macrófagos exercem um importante papel na destruição de partículas estranhas, incluindo as bactérias. Em consequência, o paciente torna-se mais susceptível á infecção respiratória. Há um maior estreitamento brônquico como alterações fibróticas que ocorrem nas vias aéreas. Alterações pulmonares irreversíveis podem acontecer, possivelmente resultando em enfisema e bronquiectasia. Na bronquite crônica, as secreções acumuladas nos bronquíolos interferem com a respiração eficaz.

Bronquite Crônica

A bronquite crônica é definida como uma tosse produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos consecutivos em um paciente cujas outras causas para tosse foram excluídas.
O fumo do cigarro é de longe o principal fator de risco para a bronquite crônica.
Outros fatores de risco incluem a inalação que passa da fumaça do tabaco, a poluição do ar e a exposição ocupacional a substâncias perigosas suspensas no ar.
Os pacientes com bronquite crônica são mais susceptíveis a infecções recorrentes do trato respiratório inferior. Uma ampla variedade de infecções virais, bacterianas e por micoplasmas podem produzir episódios agudos de bronquite. As exacerbações de bronquite crônica são mais prováveis de ocorrer durante o inverno.